Latam Brasil pede recuperação judicial nos EUA

Imagem de arquivo mostra avião da companhia aérea Latam no pátio do Aeroporto Internacional de São Paulo
Imagem de arquivo mostra avião da companhia aérea Latam no pátio do Aeroporto Internacional de São Paulo (Foto: Celso Tavares/G1)

Nesta quinta-feira (9), a Latam Brasil anunciou que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos em razão dos impactos da crise do novo coronavírus (Covid-19) nas operações da companhia.

O grupo Latam Airlines e suas afiliadas no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos já tinham entrado em maio deste ano no processo de reestruturação de dívida sob a proteção do Capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos, que permite um prazo para que as empresas se reorganizem financeiramente. Naquela ocasião, entretanto, a Latam Brasil tinha ficado de fora.

Em nota, o grupo informou que a entrada no processo do grupo nos EUA visa “reestruturar sua dívida e gerenciar efetivamente sua frota de aeronaves, enquanto permite a continuidade operacional”. Entretanto, garantiu que “continuará a voar sem nenhum impacto nas suas operações de passageiros, cargas, reservas, vouchers ou pontos”.

“Tomamos esta decisão neste momento para que a empresa possa ter acesso a novas fontes de financiamento. Estamos seguros de que estamos nos movendo de forma responsável e adequada, pois temos o desafio de transformar a empresa para que ela se adapte à nova realidade pós-pandemia e garanta a sua sustentabilidade no longo prazo”, comenta Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil.

Negociação com o BNDES

A empresa disse ainda que continua negociando um empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Este movimento pode facilitar o financiamento que está em negociação com o BNDES, além de oferecer uma opção mais segura ao Banco, já que o DIP (Debtor-in-possession) tem prioridade em relação a outros passivos da empresa”, acrescentou.

A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça.

Fruto da fusão entre a brasileira TAM e a chilena LAN, a empresa operava antes da crise 1.400 voos diários em 26 países. Ela transportava 74 milhões de passageiros por ano e empregava 42 mil funcionários. Em abril, ela havia reduzido 95% de seus voos. Em maio, ela havia anunciado a demissão de 1.400 funcionários de suas filiais em Chile, Colômbia, Equador e Peru. Isso ocorreu como resultado da drástica redução de suas operações.

Fonte: Da Redação Namidia News com informações de G1

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