‘Conta cara’: Auxílio pode ser estendido, mas não em R$ 600, diz secretário

Auxílio Emergencial

Nesta quinta-feira (28), o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse que o pagamento do auxílio emergencial pode ser prorrogado, mas não deve continuar em R$ 600. Em entrevista ao “Jornal das 16h”, da GloboNews, ele explicou que apenas para pagar as três parcelas já aprovadas serão necessários R$ 150 bilhões, e renovar o benefício nestes moldes ficará muito caro.

“Esse auxílio de R$ 600, da forma que foi aprovado, se transformou em um programa que, em apenas 3 meses, a despesa será de R$ 150 bilhões. Então simplesmente renovar nos moldes atuais… A conta vai ficar muito cara”, afirmo. Ele lembra que as contas públicas registraram em abril um rombo de mais de quase R$ 93 bilhões. Asim, é o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1977.

As previsões para o ano são igualmente ruins. Anteriormente, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior, anunciou que o déficit primário, que desconsidera o pagamento dos juros da dívida, deve ultrapassar os R$ 700 bilhões em 2020. “Se a gente incluir a conta dos juros”, acrescentou Mansueto, “é um buraco fiscal de mais de R$ 1 trilhão. É uma conta muito alta.”

Analisando a volta à normalidade

O secretário do Tesouro ainda propôs que, se necessária a prorrogação do auxílio emergencial, ela seja focada nas parcelas mais pobres da população. Como alguns estados estão gradualmente retomando as atividades, Mansueto afirmou que será preciso analisar essa volta à normalidade para, aí sim, decidir o que fazer com o pagamento do auxílio.

“O que a gente está vendo hoje em vários estados são protocolos para que algumas atividades voltem gradualmente. Tem que ver como isso vai evoluir nos próximos 30, 40 dias, antes de discutir se será necessário renovar alguma coisa. Mas, claro, quem vai dar a resposta final para isso são os dados do coronavírus. Quem tem a palavra final sobre isso não é economista, é o pessoal da área da saúde”, frisou.

Fonte: Da Redação Namidia News com informações de UOL

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