Leonardo Arruda, filho do guarda municipal Marcelo Arruda, morto no Paraná após ter sua festa de aniversário invadida na noite de sábado (9), contou à CNN seu relato sobre o crime. Marcelo comemorava o aniversário de 50 anos com o tema da festa em homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT. Segundo o filho, o aniversariante chegou a pedir ao atirador para “curtir a festa em paz”.
Leonardo afirmou que nenhum dos convidados conheciam o agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), que invadiu e efetuou os disparos contra o petista.
Segundo relatos, Guaranho chegou ao local da festa gritando o nome de Bolsonaro e discutiu com seu pai. “Ele [Marcelo] falou: ‘Cara, sai fora daqui. Essa aqui é minha festa, eu sou ‘polícia’. Deixa eu curtir a minha festa em paz’, e o homem [Guaranho] sacou uma arma e apontou”, disse.
Leonardo disse que Jorge Guaranho estava com a esposa e a filha no carro e, a princípio, a mulher não deixou que ele atirasse.
Após proferir ameaças, Guaranho foi embora prometendo que voltaria. Segundo Leonardo, seu pai estava desarmado no momento da primeira aparição do invasor. “Meu pai estava desarmado porque era só entre amigos e familiares. Mas, diante desse fato, ele ficou de prontidão caso acontecesse alguma coisa”, disse.
Poucos minutos depois, Guaranho retomou ao local em que ocorria a festa de aniversário de Marcelo e já “chegou atirando”, de acordo com Leonardo e como mostram imagens de câmeras de segurança.
“Com isso, ele acertou três tiros no meu pai e meu pai conseguiu ainda revidar, acertou cinco tiros nele”, disse Leonardo.
A Polícia Civil do Paraná chegou a divulgar que o agente penitenciário havia morrido, mas, em nova nota enviada neste domingo (10), afirmou que ele está estável no hospital.
Fonte: CNN
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