READEQUAÇÃO: Decisão judicial de 2018 nunca proibiu casamento em Trancoso, entenda o imbróglio

Trancoso é um dos locais mais procurados para realizações de casamentos no extremo sul baiano, e devido a um impasse judicial, essa taxa foi reduzida drasticamente.

Segundo empresários que realizam festas na região, a Associação Despertar Trancoso conseguiu judicialmente proibir eventos com som alto durante a madrugada, e isso fez com que eventualmente, os casamentos não pudessem ser realizados no Quadrado.

Na verdade, a decisão judicial de 2018, assinada pela desembargadora Ligia Maria Tamos Cunha, do Tribunal de Justiça da Bahia, suspendeu as licenças ambientais de dois estabelecimentos, até que eles fizessem a readequação acústica do local.

Uma das empresárias apontou que já chegaram a realizar mais de 100 casamentos por ano, e agora nem a dez chegam. Ela salientou que isso afeta também o comércio do distrito, pois após o casamento na igreja, quem lucrava com os convidados eram comerciantes do Quadrado, já que iam para lá consumir.

O conflito entre os empresários e a associação acontece desde 2017 e ainda não conseguiram chegar num consenso.

Sem conseguir realizar casamentos no Quadrado, passaram a tentar fazê-lo nas praias, mas com aumento de custo considerável, os agendamentos caíram em até 50%, apontou uma das empresárias.

Ao entrar em contato com a Associação, eles garantiram que não querem proibir eventos no Quadrado ou em outras localidades de Trancoso, o que querem é que cumpram a adequação de som alto e outras cláusulas que confiram o direito da população e dos patrimônios locais.

Enquanto as partes resistem em resolver de fato o problema, perde a população de Trancoso sem os mega faturamentos com as festas.

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