O IPHAN, responsável por proteger nossa história nacional, decidiu dar um preço para enterrar nossa herança cultural de vez.
Por meio de um TAC- Termo de Ajuste e Conduta, de quatro milhões e trezentos mil reais, o IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, autorizou a empresa Supermercado Atakarejo, continuar as obras de construção em frente à rodoviária.
A obra havia sido embargada pela justiça pois no local, após estudos realizados em 2009, foi descoberto a existência de um grande sítio arqueológico.
Na época, o estudo foi feito pois havia interesse do Walmart em se instalar no local, o que foi negado.
Agora, 25 anos depois, o IPHAN parece disposto a vender nossa história em troca de dinheiro, como se todo o passado contido naquele terreno pudesse ser simplesmente apagado.
Pra onde vai todo esse dinheiro?
Segundo o TAC, o dinheiro deve ser administrado pela prefeitura de Porto Seguro e aplicado da seguinte forma:
Projeto e execução de obras de anexo do Museu de Arqueologia de Porto Seguro e compatibilização do prédio existente ao projeto integrado, baseado em estudo preliminar elaborado pela Acervo. Valor estimado da ação – R$ 1.532.093,66
Reparação da memória das pesquisas arqueológicas da Costa do Descobrimento, produção de conhecimento, divulgação e educação patrimonial Essa ação tem como base projeto elaborado pela Superintendência do IPHAN na Bahia e pela ACERVO em 2020, aprovada no edital do Fundo de Direitos
Difusos do Ministério da Justiça e não executada. Valor estimado da ação – R$ 2.797.413,30.
A intervenção do Ministério Público e da Justiça é agora essencial para garantir que parte da história não seja apagada em meio a esse cenário de descaso e ganância.
Comente com Facebook