Nesta terça-feira (10), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que apoia um projeto que muda a Constituição do país. O intuito é permitir que ele concorra a um novo mandato e permaneça no poder.
O texto propõe acabar com limites para reeleições. De acordo com Putin, em sua fala, ele é contrário à ideia de não haver limite nenhum. Mas afirmou que é favorável a revisar o número de vezes que um presidente pode se reeleger.
Em 22 de abril estão previstas votações para uma série de emendas constitucionais. A lei atual só permite uma reeleição consecutiva. O mandato de seis anos dele acaba em 2024.
O Tribunal Constitucional terá que decidir se ele poderá ou não concorrer a um novo mandato, disse Putin.
“Em princípio, essa opção seria possível, mas com uma condição: se o Tribunal Constitucional russo concluir oficialmente que tal emenda não é contrária à lei fundamental; e somente se os cidadãos apoiarem essa emenda durante a votação nacional em 22 de abril.”
‘Forte poder presidencial’
Putin também afirmou que “um forte poder presidencial é absolutamente necessário para a Rússia” e que “a atual situação econômica e de segurança justificam mais uma vez” essa necessidade.
Embora reconhecendo que “os russos devem ter uma alternativa em qualquer eleição”, ele considerou que “a estabilidade é talvez mais importante e deve ser uma prioridade”.
Os deputados russos adotaram nesta terça-feira em segunda leitura, a mais importante, as emendas constitucionais desejadas por Vladimir Putin e que visam deixar sua marca na Rússia nas próximas décadas.
Anteriormente anunciada de surpresa por Putin, esta primeira revisão da Constituição desde sua adoção em 1993 é amplamente vista como uma maneira de se preparar para o período pós-2024.
O mais longevo desde Stálin
Aos 67, Putin está no poder há mais de 20 anos. Ele é o líder mais longevo do país desde o ditador soviético Josef Stálin.
Ele falou com parlamentares durante um debate sobre propostas de alterar a Constituição. A Câmara de Deputados, conhecida como Duma, deve apoiar as propostas de Putin.
Com informações de: G1
Comente com Facebook