Os pesquisadores do Projeto Coral Vivo, após uma expedição no Parque Municipal Marinho do Recife de Fora, em Porto Seguro, relataram boas notícias sobre os corais. Eles foram ao local a fim de monitorar a saúde dos recifes de coral, e não identificaram colônias com coloração pálida. Assim, eles contrariaram as previsões de que o quadro de branqueamento dos corais iria se agravar. O projeto divulgará mais dados em breve.
De acordo com os especialistas, um fenômeno natural pode ter sido fator crucial na minimização do impacto climático este ano. Trata-se da La Niña, um evento que diminui a temperatura média das águas do oceano.
O branqueamento dos corais é uma grande ameaça a esses importantes ecossistemas, e é um fenômeno que só cresce em todo o mundo. Ademais, ele está relacionado ao aumento da temperatura da água dos oceanos, algo gerado e agravado pelas mudanças climáticas.
Da mesma forma, o Coral Vivo trouxe ótimas notícias sobre a quantidade de peixes de espécies como Badejo, Budião e Vermelho. “Acreditamos que a área protegida do Parque Municipal Marinho do Recife de Fora está fazendo seu papel como berçário, dando condição de repovoar as áreas de pesca que ficam no seu entorno”, conforme o pesquisador Fabio Negrão.
Essas expedições utilizam o protocolo Reef Check, que é um monitoramento global de recifes. Desde, 1997, ele realiza levantamento em cerca de 150 países. Ele faz isso a fim de monitorar a saúde dos corais e relacionar os resultados a locais ou eventos globais. Assim, ele propõe soluções para o manejo.
O Projeto Coral Vivo tem patrocínio da Petrobras e, há mais de 10 anos (sempre uma vez por ano), realiza o monitoramento em parceria com pesquisadores da UFPE, IRCOS, PNM dos Abrolhos e CEPENE/ICMBio.
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