Nesta quinta-feira (27), policiais civis paralizam suas atividades em toda a Bahia por 24 horas. Eles cobram reajuste nos salários, plano de carreira e a obrigatoriedade do comprovante de vacinação contra Covid-19 atualizado para as pessoas que precisem utilizar o serviço nas delegacias em todo o estado.
Assim, operações e oitivas estão suspensas, havendo somente a realização de registros de flagrantes e levantamentos cadavéricos.
De acordo com o sindicato que representa a categoria, houve a aprovação de uma Lei em 2009 para equiparar os vencimentos de investigadores, escrivães e peritos técnicos de nível médio para superior. Entretanto, a entidade afirma que o governo do estado não encaminhou o projeto à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) e os servidores continuam a receber os vencimentos abaixo do que seria obrigatório por Lei.
“Estamos pedindo que o estado mude o padrão remuneratório de nível médio para nível superior. Hoje, o policial ingressa com R$ 3.900. Muito pouco para o risco de vida que corre. Ser policial na Bahia é um ônus. Vivemos um estado de insegurança e violência e os baixos salários não são atrativos na carreira”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc), Eustácio Lopes.
Ainda conforme Eustácio, a Bahia tem somente 5.500 policiais civis nos seus quadros, para atender os 417 municípios baianos. Quando a recomendação mínima seria de pelo menos 11 mil agentes. Ele disse que a categoria tenta diálogo com o governo do estado para cobrar as pautas dos servidores, mas a gestão não atende os representantes.
Dessa forma, a categoria pretende fazer uma paralisação semanal a fim de chamar a atenção da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Um ato está previsto para a manhã desta quinta-feira no terminal rodoviário de Salvador.
“Vamos fazer um lockdown semanal. Suspender operações, diligências, oitivas. Só vamos fazer flagrantes e levantamento cadavérico. No próximo dia 10 [de fevereiro] teremos uma assembleia no Campo Grande com toda a categoria para poder deflagrar uma greve, por falta de diálogo e insensibilidade do governo do estado”, finaliza Eustácio.
Fonte: Da Redação Namidia News com informações de g1
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