O motorista do Porsche que atropelou e matou uma idosa no bairro nobre dos Jardins, na cidade de São Paulo, recebeu habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Audenilce Bernardina dos Santos, de 65 anos, trabalhava como diarista e estava a caminho do trabalho, quando foi atropelada na faixa de pedestres.
No dia seguinte ao crime, por estar foragido, a polícia pediu a prisão temporária de Fabio Alonso de Carvalho, decretada no 27 de julho, mas a medida foi revogada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
No dia 1º de agosto foi oferecida denúncia do Ministério Público (MP) contra Fabio Alonso pelos crimes de homicídio doloso qualificado, omissão de socorro e fuga do local do crime com pedido de prisão preventiva.
A medida foi acatada, mas a defesa recorreu ao STJ com um pedido de habeas corpus para que o motorista respondesse ao processo em liberdade.
O ministro Nefi Cordeiro considerou “desproporcional a aplicação da mais gravosa cautelar de prisão” e determinou determinou medidas cautelares alternativas à prisão:
- apresentação a cada 2 meses à Justiça;
- proibição de mudança de domicílio sem prévia autorização judicial;
- suspensão do direito de dirigir.
Em 31 de outubro foi expedido alvará de soltura em favor de Fábio Alonso de Carvalho. De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), ele foi colocado em liberdade provisória da Penitenciária II de Tremembé no dia 1º de novembro.
Dois atropelamentos com carros de luxo
No dia 26 de julho, Audenilce Bernardina dos Santos, de 65 anos, que trabalhava como diarista e estava a caminho do trabalho morreu atropelada na faixa de pedestres nos Jardins. Fabio Alonso de Carvalho, proprietário do veículo não parou para prestar socorro.
O Porsche estava a aproximadamente “100 km/h e parecia um carro de “Fórmula-1”, segundo testemunhas ouvidas pela Polícia Civil, e a carteira de habilitação do motorista recebeu mais de 400 pontos nos últimos anos, segundo relatou o advogado da família.
Em 2014, ele atropelou e matou um motoboy quando dirigia um Mustang no Itaim Bibi. Segundo as investigações, Fabio Alonso havia acabado de deixar uma casa noturna por volta das 6h acompanhado de duas mulheres. Por essa ocorrência, ele foi condenado em 2019 a dois anos e oito meses de prisão.
O motoboy Aroldo Pereira de Oliveira tinha dois empregos, trabalhando como motorista no Itaim Bibi e no setor de check-in no Aeroporto de Congonhas.
Com informações de: G1
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