Após o Ministério de Minas e Energia (MME) apertar as exigências de eficiência energética para geladeiras e congeladores fabricados e vendidos no país, conforme resolução publicada no início do mês de dezembro, a Eletros, associação que representa a indústria de eletrodomésticos, criticou o rigor das regras e o prazo de implantação, considerado curto pela entidade.
A associação alega que, com a medida, a “comercialização predominante” será de geladeiras de alto padrão, “custando em média de 4 a 6 vezes o salário mínimo nacional”, o que corresponde a um preço entre R$ 5.280 e R$ 7.920.
“Os novos índices de eficiência eliminarão cerca de 83% dos refrigeradores atualmente vendidos no Brasil”, afirma a entidade.
“É necessário considerar a realidade brasileira. Infelizmente, com as novas regras, o consumidor de baixa renda será o mais prejudicado e, consequentemente, a indústria e seus colaboradores. Desinvestimentos e perda de centenas de postos de trabalho podem ocorrer nos próximos meses. Apresentamos ao governo estudos técnicos mostrando este cenário ruim para a economia do país, porém, infelizmente, não foram considerados”, analisa Renato Alves, diretor da Eletros, em comunicado à imprensa, quando as regras foram anunciadas.
Ainda reafirmam que não é falta do produto dentro das exigências, mas que a maior parte da população adquire as geladeiras de entrada, que são as mais em conta.
Pela resolução, a fabricação e a importação dos produtos precisam seguir as exigências já a partir de 1º de janeiro.
A comercialização dos refrigeradores com o padrão atual poderá se estender até o fim de 2024 (por parte de fabricantes e importadores) e até o fim de 2025 (por atacadistas e varejistas).
Como o aperto das exigências se dará em duas etapas, a transição estará completa a partir de janeiro de 2028.
Fonte: Da Redação NamidiaNews com informaçõe de oglobo
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