Fraude Eleitoral: Suposta candidata “Laranja” do Republicanos pode cassar chapa em Itabela

A candidata a vereadora pelo partido Republicanos, Derenilta Ferreira da Silva, de 53 anos, está envolvida em uma polêmica após as eleições de Itabela. Acusada de ser uma “candidata laranja”, Derenilta não obteve nenhum voto, o que levanta suspeitas de que sua candidatura foi apenas para cumprir a cota de gênero exigida por lei.

A falta de votos não foi o único ponto que chamou a atenção das autoridades. Derenilta, segundo apurações, não recebeu sequer o próprio voto em sua sessão eleitoral, indicando que nem mesmo ela teria votado em si mesma. Além disso, a candidata não possui histórico de participação ativa na campanha, nem materiais de divulgação ou qualquer envolvimento em eventos políticos.

No site oficial do TSE, o DivulgaCand, Derenilta também não apresentou sua prestação de contas de campanha, o que é obrigatório por lei. A omissão de prestação de contas, somada à ausência de votos, reforça as suspeitas de fraude eleitoral. Como resultado, a Justiça Eleitoral está apurando o caso e Derenilta será intimada para prestar esclarecimentos sobre a acusação.

CONSEQUÊNCIAS PARA O PARTIDO REPUBLICANOS – Se comprovado que Derenilta foi uma candidata laranja, a penalidade poderá recair sobre toda a chapa do partido Republicanos em Itabela. Isso significa que o vereador eleito pelo partido, Alex da Pax, corre o risco de não ser empossado em seu quarto mandato, e deverá ser dado a posse de suplentes de outros partidos.

O uso de candidatas fictícias para atender a cota de gênero obrigatória é uma prática que tem gerado decisões duras por parte da Justiça Eleitoral.

A IMPORTÂNCIA DA COTA DE GÊNERO – A legislação eleitoral brasileira exige que partidos e coligações cumpram uma cota de gênero mínima de 30% e máxima de 70% para um dos gêneros nas candidaturas ao Legislativo. A regra visa garantir a participação feminina na política, mas tem sido alvo de fraudes, com partidos lançando candidatas “laranjas” que não fazem campanha e, muitas vezes, nem votam em si mesmas.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os tribunais regionais têm adotado medidas rigorosas contra essas práticas. Se uma chapa partidária é considerada fraudulenta, todos os eleitos por essa chapa podem perder seus mandatos, invalidando o resultado da eleição para o partido em questão.

Comente com Facebook