Formanda apresenta projeto de braço alimentador para deficientes físicos

Projeto de braço alimentador para deficientes físicos
Projeto de braço alimentador para deficientes físicos

Trabalho é inspirado em modelos robóticos OBI e Feedbot

Santa Catarina – Heloise Dellagnelo Torres, acadêmica do curso de Engenharia Mecânica da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), desenvolveu um projeto de equipamento robótico a fim de auxiliar na alimentação de pessoas com deficiência física motora nos membros superiores.

Assim, trata-se de um braço alimentador mecânico que dispõe de uma colher, um prato e três recipientes. Ele foi projetado com o intuito de recolher a comida e levá-la até a boca do usuário. O projeto é inspirado nos modelos OBI e Feedbot, também dedicados a fornecer autonomia a pessoas com dificuldades de mobilidade.

O estudo, orientado pelo professor e pesquisador Alejandro Rafael Garcia Ramírez, foi produzido entre julho de 2019 e abril de 2020, fruto do Trabalho  de Iniciação Científica e Tecnológica (TICT) de Heloise.  Neste período, a dupla realizou uma pesquisa de mercado para identificar quais modelos de alimentadores robóticos já existiam, a tecnologia empregada e o custo do produto. Ao verificar as necessidades do público-alvo, optaram por desenvolver um protótipo que pode ser colocado sobre a mesa e variar posições para ser adaptado de acordo com a necessidade de cada pessoa.

Próxima etapa

A próxima etapa do processo será a impressão 3D do material, que acontecerá após o retorno das atividades laboratoriais presenciais da Universidade, paralisadas por conta da pandemia do novo coronavírus. Depois, serão realizados testes para verificar o tempo e a velocidade adequada dos movimentos dos robôs, assim como o coeficiente de segurança apropriado para o material.

Heloise conta que decidiu trabalhar no projeto ao observar bancas de seu professor e orientador Alejandro. Em uma delas, também sobre alimentador robótico, a acadêmica se emocionou ao lembrar de sua avó que faleceu de esclerose lateral amiotrófica: “Eu adoraria que ela tivesse acesso a um dispositivo desse para poder se alimentar com mais autonomia”, afirma. Ao ressaltar a parceria com o professor Alejandro, com quem já havia atuado na área de tecnologia assistida, destaca o que pretende fazer com o trabalho: “Temos a intenção de disponibilizar o projeto do dispositivo para a produção em outras universidades ou na indústria. A opção com o menor custo será a escolhida para que o maior número de usuários possível tenha acesso ao produto final”, explica.

Fonte: Da Redação Namidia News com informações de Univali

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