Família culpa médica por morte de jovem engasgado com peixe

Vítima morreu após ser atendida em posto de saúde de Ribeirão Preto (SP).
Em depoimento à polícia, cardiologista disse suspeitar de uso de drogas.

metalurgico_morreA família de um metalúrgico de Ribeirão Preto (SP) acusa uma cardiologista da Prefeitura de erro médico, após o homem morrer supostamente engasgado com uma espinha de peixe. Marcos da Silva Medeiros, de 24 anos, teria sido atendido pela profissional na Unidade Básica Distrital de Saúde (UBDS) Norte, mas não resistiu aos procedimentos e morreu na madrugada de domingo (26). A Secretaria da Saúde informou que vai acompanhar o caso.

Tudo teria começado quando o jovem passou mal na noite de sábado (25), durante um jantar na casa da mãe. Medeiros foi socorrido pelo cunhado, o frentista Danilo de Oliveira Ferreira, que acompanhou o atendimento. Segundo o frentista, a médica responsável aplicou duas doses de relaxante muscular num curto espaço de tempo.

“Como ele estava meio grogue, ela tentou tirar o espinho com o dedo e ele, tentando vomitar, mordeu o dedo dela. Aí ela ficou muito nervosa e mandou aplicar outra dose de tranquilizante”, afirmou Ferreira, destacando que nesse momento o metalúrgico ficou sem os sinais vitais.

O frentista contou que a equipe tentou reverter o quadro com massagem cardíaca e realizando uma traqueostomia, mas os procedimentos não surtiram efeito. “Ele morreu porque a médica foi displicente. Nós pretendemos entrar com uma ação contra essa médica, para ela não fazer a mesma coisa com outras pessoas”, desabafou.

A dona de casa Cláudia da Silva Masalskas, tia da vítima, também estava na UBDS durante o atendimento e confirmou que a médica estava nervosa e era ríspida com a equipe que a auxiliava. “Eu vi uma enfermeira chorando, então eu acho que alguma coisa de errado teve. Ele entrou lá andando, conversando. É injusto uma pessoa entrar num posto de saúde engasgado e sair morto.”

G1

 

 

Comente com Facebook