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Em seminário do MEC, Epaminondas Castro destaca a importância do financiamento para a equidade na educação

O pedagogo e mestre em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER/UFSB), Epaminondas Castro, representou o Grupo de Pesquisa Pensamento Negro Contemporâneo nesta terça-feira, 02/09, no evento “Financiamento e Gestão Financeira para Equidade na Educação Básica”, realizado na Controladoria-Geral da União, em Brasília.

Organizado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, o seminário reuniu profissionais das redes de ensino municipais e estaduais, gestores públicos, especialistas e pesquisadores para discutir os aspectos centrais da equidade que devem ser considerados no planejamento orçamentário da educação ao longo do ciclo fiscal.

“O encontro foi uma rica oportunidade de refletirmos como as políticas de financiamento podem promover a educação antirracista de forma mais efetiva e com resultados que transformem as práticas de ensino e impactem a sociedade”, avalia Epaminondas Castro, que é professor da rede municipal de Educação de Porto Seguro desde 1998.

O pesquisador ressaltou ainda a relevância de compreender a equidade como princípio norteador da gestão educacional. “A importância da compreensão do conceito da equidade é respeitar as diferenças, sociais, econômicas, geográficas, culturais e, sobretudo, educacionais, e olhar para os indicadores de desenvolvimento, como o IDEB, e para os índices de evasão e repetência. Foi muito importante participar dessa discussão para trazer esse olhar ampliado sobre o financiamento”, afirmou.

Na mesa em que participou, Epaminondas discutiu o conceito de equidade. “Promover equidade é olhar para além da sala de aula e entender que diversidade não é sinônimo de equidade: a diversidade pode até camuflar desigualdades, enquanto a equidade exige ações concretas e direcionadas”, explicou.

Castro também chamou atenção para a responsabilidade compartilhada nas políticas de educação: “Quando a gente olha para os indicadores e eles são ruins, a primeira figura que aparece é a do professor ou da professora. No entanto, é preciso compreender que existe um sistema que perpassa pela coordenação escolar, direção, secretário e, acima de tudo, pelo prefeito. Muitas vezes, os centros de poder que decidem em que política investir não são os profissionais da educação”.

O professor criticou ainda o fato de, na grande maioria dos municípios brasileiros, a educação não ter gestão plena: quem decide não conhece a realidade local pois são decisões a partir de consultorias contratadas.

Na ocasião, o MEC também lançou um curso sobre financiamento para a equidade, direcionado a profissionais que atuam diretamente na educação. O curso, com carga horária de 80 horas, será oferecido pelo Ambiente Virtual de Aprendizagem do MEC (AvaMEC), em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG).

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