O deputado federal Ronaldo Carletto (PP) e o desembargador Maurício Kertzman foram apontados pela delação premiada da desembargadora Sandra Inês Rusciolelli e do filho, Vasco Rusciolelli como tendo envolvimento no pagamento de propina para obtenção de uma sentença. O ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), homologou a delação da desembargadora investigada na Operação Faroeste em junho deste ano.
Conforme o documento, o processo envolveria a empresa ITmov do Brasil, com ação ocorrendo em maio de 2018. Ademais, a delação afirma que o valor da propina ficaria a ser definido. Além de Inês, Vasco, Kertzman e Carletto, estaria também envolvido no esquema Júlio Cavalcanti.
Ainda de acordo com a delação da desembargadora, Maurício Kertzman também estaria envolvido na venda de sentenças. Ele teria recebido um terreno de 10 mil m2 no condomínio Vilas de São José, em Itacaré. A negociação teria ocorrido através do escritório de Pedro Castro, com uma proposta feita por Arthur Ramos Barata.
O documento afirma também que o acordo não foi finalizado, pois o desembargador “passou por cima e resolveu diretamente”, recebendo o terreno que fica “ao fundo do Itacaré Suítes”. Além deles, Leandro Loureiro também estaria envolvido, sendo dois “acertos” distintos para o mesmo processo, onde Maurício teria decidido e recebido a propina.
Posteriormente, Kertzman enviou uma nota ao Bahia Notícias onde alegou que “as afirmações da criminosa confessa Desa. Sandra Inez são fantasiosas, mentirosas, sem nenhum alicerce na verdade e somente se justificam como um ato desesperado de quem surpreendida numa operação controlada, recebendo dinheiro, tenta se igualar a pessoas honradas e de bem”.
Fonte: Bahia Notícias
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