A maior rede social do mundo, o Facebook, que possúi mais de 2 bilhões de usuários resolveu juntamente com outras 27 empresas, lançar sua propria criptomoeda, a Libra e ameaçar a hegemonia do Bitcoin e até mesmo ressignificar o sistema financeiro mundial. De acordo com a nova fundação sem fins lucrativos chamada Libra Association, o principal objetivo de sua nova moeda é fornecer ao mundo um sistema financeiro global que facilitará a vida das pessoas que não possuem acesso ao atual modelo bancário, oferecendo uma criptomoeda 100% lastreada em moeda fiat e títulos de dívidas formando uma espécie de fundo para garantir a estabilidade do preço da moeda.
O especialista em criptomoedas Maicon Santos comenta que a nova moeda do Facebook no entanto, apesar de toda a força da rede social, pode ainda não ser páreo para o Bitcoin: “Uma criptomoeda que que nasce de uma empresa como o Facebook e com parceiros como MasterCard e Paypal parece um bom concorrente para o Bitcoin correto? Bom, na verdade nem tanto. Existe uma estimativa de o número de usuários de criptomoedas ser aproximadamente de 20 milhões de pessoas ao redor do mundo e somente isso já permitiu que o Bitcoin atingisse a marca de R$69.000,00 no final de 2017. Agora se analisarmos o fato de que o Facebook, o Whatsaap e o Instagram possuem juntos mais de 2.5 bilhões de usuários e que com o projeto da LIBRA estes usuários serão expostos as criptomoedas e ao bitcoin, podemos chegar a conclusão de que esse mercado ainda tem muito para crescer”.
Maicon Santos avalia os prós e os contras da criação da nova criptomoeda: “o fato de que uma das maiores empresas do mundo estar prestes a lançar a sua própria criptomoeda trás confiança e demonstra a grande tendência da digitalização do dinheiro através da Blockchain. Por outro lado sabemos dos problemas que o Facebook teve em relação a manter a privacidade e sigilo dos dados de seus usuários. Agora o Facebook não terá apenas seus dados e preferências, mas também saberá aonde você gasta seu dinheiro. Eu entendo que uma associação foi criada para tentar desvincular a posse da moeda ao Facebook, mas ainda está em questão se a empresa terá acesso a todos os dados coletados através dessa iniciativa. Inicialmente a Libra será uma moeda centralizada e sem nenhum anonimato, o que comparando ao Bitcoin deixa bastante a desejar”.
Em relação ao mercado global de criptomoedas, Maicon enxerga a entrada do Facebook como positiva: “eu vejo a criação dessa nova moeda como algo muito positivo para o mundo e também para o mercado de criptomoedas como um todo. Teremos a partir de 2020 a maior rede de pagamentos que a humanidade já viu, tornando a vida de todos mais fácil e interligada. Estamos tendo o privilégio de presenciar uma das maiores mudanças da história. Nos próximos anos a forma como lidamos com dinheiro irá mudar para melhor e isso já é um caminho sem volta”.
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