Foi inaugurado em Santos, no litoral de São Paulo, o barco oceanográfico Alpha Delphini, pertencente ao Instituto Oceanográfico (IO), da USP.
O IO já havia adquirido o navio oceanográfico Alpha Crucis, inaugurado em maio de 2012, que já fez até agora sete cruzeiros, incluindo testes e pesquisas.
“O Alpha Delphini complementa o Alpha Crucis e supre uma carência que tínhamos desde a interrupção das operações do navio Professor W. Besnard, porque tem autonomia equivalente à dele, mas com custo menor e maior possibilidade de realização de manobras marítimas”, disse Michel Michaelovitch de Mahiques, diretor do IO-USP.
A paralisação do navio Professor W. Besnard – utilizado de 1967 até 2008, quando sofreu um incêndio e ficou sem condições operacionais de pesquisa – limitou drasticamente os estudos oceanográficos da instituição.
Barco oceanográfico
O Alpha Delphini tem autonomia e capacidade de pesquisa intermediária, ficando entre as pequenas embarcações e os navios oceanográficos, capaz de cobrir a área de plataforma continental – que começa na linha da costa e atinge até 200 metros de profundidade.
Sua autonomia de navegação é de 10 a 15 dias, dependendo do número de tripulantes, e ele poderá operar em toda a faixa de 200 milhas marítimas da fronteira litorânea. O custo total do barco foi de R$ 6 milhões.
O Alpha Delphini foi construído pelo estaleiro nacional Inace, tornando-se o primeiro barco oceanográfico construído no Brasil.
O barco levou um ano e sete meses para ser construído e possui mais de 10 mil componentes. À exceção dos sistemas de navegação e do sistema eletrônico, a maior parte dos componentes – como os dois motores a diesel, os geradores e a máquina de leme do navio oceanográfico – é nacional, destacaram os pesquisadores.
Barcos de pesquisa
Além do Alpha Crucis e do Alpha Delphini, o IO-USP possui outros dois barcos pequenos de pesquisa – o Albacora e o Velliger 2 -, ancorados em suas bases costeiras de ensino e pesquisa em Cananéia e Ubatuba, no litoral de São Paulo, e que em breve também deverão ser substituídos.
Quando não estiver em expedições, o barco ficará ancorado no armazém número oito do Porto de Santos. A ideia dos pesquisadores é de que, fora da fase de pesquisas, a embarcação permaneça aberta à visitação pública.
“Com essa flotilha de embarcações para fins de pesquisa, a USP se tornou uma das instituições de pesquisa mais bem aparelhadas para realizar pesquisa oceanográfica não só no Brasil, como também no mundo. Agora, não nos faltam meios flutuantes e equipamentos para essa finalidade”, disse Mahiques.
Por : Inovação Tecnologia e Redação
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