Cascas, talos e sementes podem ser reaproveitados, garantindo a absorção de pelo menos três vezes o valor de nutrientes que possui a polpa.
Em tempos de conscientização ambiental, cultural e de consumo, o melhor a fazer é começar por si próprio antes de esperar alguma mudança do mundo. Nossas atitudes podem ser revistas e, nesse processo, é provável que se descubra que há muito o que mudar. Existem hábitos, no entanto, que não mudamos simplesmente por não enxergarmos problema neles. Colocar no prato só o que vamos comer é um bom começo para evitar o desperdício de comida, mas isso não é o suficiente para garantir a sustentabilidade no consumo de alimentos. Muitas vezes, jogamos fora partes de frutas e legumes que poderiam ser aproveitadas.
Todas as partes que normalmente são descartadas dos alimentos, como cascas, talos e sementes, normalmente possuem um valor nutricional maior do que a polpa. Por exemplo, quando comparadas com a polpa, a casca da banana possui três vezes mais vitamina C e duas vezes mais potássio; a do abacaxi tem nove vezes mais fibras e duas vezes mais vitamina C, e a semente da abóbora, que muitas vezes jogamos no lixo, possui 28 vezes mais fibras.
“Por que estamos jogando tanta saúde no lixo?
buy fildena xxx online pavg.net/wp-content/languages/en/fildena-xxx.html no prescription
“. A pergunta vem de Camila Mendes Kneip, coordenadora de Nutrição da ONG Banco de Alimentos. Segundo ela, a raiz do problema do desperdício de alimentos é cultural. O descarte dessas partes chamadas de “não convencionais” é simplesmente um preconceito (que independe de fatores econômicos ou classe social), muitas vezes associado a restos de comidas. A solução para Camila virá “quando mais pessoas, chefs e restaurantes utilizarem a prática do aproveitamento integral dos alimentos”.
Outro fator que caracteriza o receio do consumo dessas partes não convencionais dos alimentos está relacionado à presença de agrotóxicos, em especial, na casca dos alimentos. Isso não significa, porém, que o agrotóxico utilizado no cultivo dos alimentos esteja presente exclusivamente nas partes não convencionais. A casca, apesar de conferir proteção ao interior dos alimentos, é porosa, de modo que parte dos agrotóxicos também está presente na polpa. Portanto, o importante não é evitar o consumo das partes não convencionais, mas saber como utilizá-las reduzindo riscos à saúde. É essencial, por exemplo, que se preze pela compra de frutas, verduras e legumes da época, pois esses são alimentos de melhor qualidade, mais baratos, mais nutritivos, de maior durabilidade e que possuem uma concentração muito inferior de produtos tóxicos quando comparados aos alimentos fora do seu período de sazonalidade.
Desperdício zero
Confira algumas dicas de como evitar desperdícios, utilizando ao máximo as propriedades que os alimentos possuem.
– Comprar bem
Planeje suas compras! Evite excessos e prefira os alimentos da época, pois possuem melhor qualidade (maior durabilidade, maior teor nutricional e menor quantidade de agrotóxicos), além de apresentarem preços mais acessíveis.
– Conservar bem
Armazene os alimentos em locais limpos e em temperaturas adequadas para cada tipo de alimento, respeitando o prazo de validade.
– Higienizar bem
Todas as frutas, verduras, legumes, cascas, entrecascas, sementes, talos e folhas devem ser lavados em água corrente e higienizados em solução de hipoclorito de sódio (siga as instruções de rotulagem), para eliminar microrganismos, e, em seguida, devem ser lavados novamente em água filtrada.
– Preparar bem
Não retire as partes não convencionais ou utilize-as para outras receitas. E prepare apenas a quantidade necessária para as refeições da sua família.
Comente com Facebook