Na noite desta terça-feira (21), um apresentador de um dos programas de TV mais populares dos EUA fez piadas com o presidente Jair Bolsonaro, por não tomar vacina contra a Covid-19. Ao falar da chegada do chefe do Executivo a Nova York e sua relação com os imunizantes, o apresentador Jimmy Kimmel mostrou a imagem do personagem Chiqueirinho, da turma do Snoopy.
Chiqueirinho (Pig-Pen, na versão em inglês), foi criado pelo cartunista norte-americano Charles M. Schulz. O personagem aparece sempre envolto de uma nuvem de poeira, sujo e com os poucos fios de cabelo desarrumados.
Além disso, Kimmel também fez piadas com as declarações de Bolsonaro sobre as vacinas “transformarem pessoas em jacarés ou em mulheres barbadas”. Ironizando o presidente, o apresentador disse: “Essa Astrazeneca tem um escopo bem amplo”.
Por fim, Jimmy Kimmel apontou que Jair Bolsonaro ficou conhecido como “Trump Brasileiro” (“Brazilian Trump”, em inglês). O apelido se refere ao apoio do presidente do Brasil a Donald Trump, de quem o ele é aliado e por quem torceu abertamente nas eleições norte-americanas no ano passado.
Além disso, na piada de Kimmel, “Brazilian Trump” seria um eufemismo para a depilação de pelos pubianos de cor laranja. O gracejo foi feito pois, nos EUA, a depilação total é chamada de “Brazilian wax”, e o ex-presidente americano é conhecido por sua tonalidade laranja na pele e nos cabelos.
Confira o vídeo (o trecho sobre Bolsonaro começa em 2:47):
Nesta terça, Bolsonaro fez o discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. Na tribuna da ONU, o presidente defendeu o chamado “kit covid” para o tratamento do novo coronavírus, composto pelos remédios cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina.
Ademais, o chefe do Executivo também se posicionou contra à exigência de provas de vacinação para entrar na parte interna de restaurantes. Ao chegar à cidade norte-americana, na noite de domingo, ele comeu pizza na calçada junto de autoridades que o acompanharam. No dia seguinte, uma churrascaria brasileira fez um puxadinho a fim de acomodá-lo numa área externa, uma vez que as restrições são destinadas apenas a espaços internos.
Antes mesmo de chegar a Nova York, a falta de vacinação que o presidente alega já havia gerado polêmicas. Autoridades da cidade enviaram uma carta para o presidente desta edição da Assembleia-Geral alegando a necessidade de comprovante de vacinação em locais fechados, caso do evento da ONU. Entretanto, o secretário-geral da entidade, António Guterres, afirmou não poder exigir tal documento de chefes de Estado, também motivado por críticas da Rússia, que chamou a medida de discriminatória.
Fonte: Da Redação Namidia News com informações de Folha de S. Paulo
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