Após recusa do governo federal, Rui Costa aceita ajuda da Argentina; Bolsonaro diz que ‘não existe’ opção

Após o Governo Federal recusar ajuda humanitária da Argentina, o governador da Bahia, Rui Costa, anunciou nesta quinta-feira (30) que o estado aceitará ajuda de forma direta, sem que o apoio precise passar pela diplomacia brasileira.

“A Argentina ofereceu ajuda humanitária às cidades afetadas pelas chuvas na Bahia, apesar da negativa do Governo Federal. Me dirijo a todos os países do mundo: a #Bahia aceitará diretamente, sem precisar passar pela diplomacia brasileira, qualquer tipo de ajuda neste momento”, disse o governador pelas redes sociais.

“Os baianos e brasileiros que moram aqui no estado precisam de todo tipo de ajuda. Estamos trabalhando muito, incansavelmente, para reconstruir as cidades e as casas destruídas, mas a soma de esforços acelera este processo, portanto é muito bem-vinda qualquer ajuda neste momento”, completou.

Bolsonaro descarta opção

Entretanto, depois da declaração de Rui Costa, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “não existe” a opção da Bahia receber o apoio. A informação foi divulgada também nesta quinta, através de uma transmissão ao vivo nas redes sociais.

“O ministro [das Relações Exteriores, Carlos Alberto] França estava ligando para mim. Ele acabou de falar com o chanceler da Argentina, e ele garantiu que qualquer ajuda será prestada via governo federal”, disse.

Bolsonaro garantiu que toda ajuda é bem-vinda, mas questionou o apoio oferecido pela Argentina.

“Toda ajuda é bem-vinda, jamais abriremos mão de ajuda, mas que ajuda é essa? A ajuda foi o oferecimento de dez homens conhecidos como Capacetes Brancos. Quais ações eles fariam? Almoxarife, separar material, donativos, ajudar a distribuir água e alimentos. Basicamente isso daí. Ter um local específico para colocar 10 pessoas fica caro para a gente. E temos gente suficiente”.

O presidente negou que a recusa teria sido motivada por ideologia política e afirmou estar aberto a receber outros tipos de donativos, como os que foram oferecidos pelo Japão.

“Nós fomos educados, mas seria um grupo que daria trabalho para a gente, porque temos que tratar com todo carinho. Agradeço ao governo da Argentina, mas pelas informações que tive, as águas começam a baixar na Bahia”.

Ministro justifica a decisão

O ministro da Cidadania, João Roma, justificou a decisão do governo, dizendo que “não adiantaria” neste momento a chegada de dez homens do país vizinho.

Roma citou que o resgate das vítimas foi coberto pelo Corpo de Bombeiros, pela Força Nacional e por tropas de outros estados. O que ajudaria nesta fase agora, segundo ele, seriam outros tipos de iniciativas, como a reconstrução de casas e o acolhimento de pessoas.

Fonte: Da Redação Namidia News com informações de g1 e BNews

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