Na manhã desta quinta-feira (24), alunos do colégio CIEPS, no centro de Porto Seguro, protestaram por mais segurança na escola.
A manifestação vem em resposta ao caso ocorrido ontem (23) dentro da instituição de ensino, onde um aluno deu duas facadas em um colega.
Conforme os manifestantes, o ato demanda “mais segurança e apoio psicológico” na escola. “Não iremos continuar calados e reféns do medo”, diz uma nota que convoca a comunidade estudantil para o protesto.
Na noite desta quarta-feira (23), o grupo também realizou uma manifestação. Tanto na que ocorreu ontem quanto na de hoje, os alunos levantam cartazes e pedem justiça pelo colega esfaqueado, conhecido como Dudu, e cobram mais auxílio psicológico aos estudantes.
“Contamos com a presença e determinação de todos para que possamos cobrar mais segurança e apoio psicológico para nossos colegas. Não podemos esperar tudo passar e dar brecha para que aconteça novamente!”, diz a nota de convocação, organizada pelo Grêmio Estudantil Liberdade, do colégio CIEPS.
“Deixamos aqui também toda nossa solidariedade com nosso amigo e colega Dudu, esperamos te ver bem o mais rápido possível!”, finaliza a publicação.

O Caso
Na manhã desta quarta-feira (23), um aluno de um colégio no centro de Porto Seguro esfaqueou outro colega. O caso aconteceu sala de aula do segundo ano C, no colégio Estadual CIEPS, no centro de Porto Seguro.
Conforme testemunhas, um desentendimento por causa de meninas teria resultado na confusão. O agressor, identificado como Rafael Ressano, de 16 anos, deu duas facadas no colega, identificado como Eduardo Costa Santos.
De acordo com informações de colegas da mesma turma dos envolvidos, Rafael e Eduardo mal se falavam. Segundo os relatos, foi durante a aula de Redação que Rafael tirou a faca da mochila e atingiu Eduardo.
Colegas de Rafael o descreviam como um bom aluno, tranquilo, calado e de poucos amigos. Ele foi detido logo após o crime, e foi encaminhado para o DISEP.
Eduardo foi socorrido por equipes do SAMU e encaminhado ao Hospital Luís Eduardo Magalhães, que fica a 10 minutos da escola. Até o momento, não se sabe o estado de saúde do mesmo, mas sua mãe disse que o filho chegou sangrando muito e que passou por cirugia.
Em imagens gravadas logo após o caso, é possível ver o momento em que Eduardo é atendido pelas equipes do SAMU. Ele pressiona a parte lateral do abdômen, indicando que ao menos uma das facadas atingiu esta região.
Após a agressão, a escola interrompeu as atividades e dispensou todos os alunos.
No lado de fora do colégio, estudantes choravam muito, ainda impactados pelo ocorrido. O caso gerou questionamentos quanto à segurança da escola.



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